Este documento discute o bullying, definindo-o como atos de violência física ou psicológica intencionais e repetidos praticados por um indivíduo ou grupo para intimidar outro incapaz de se defender. Ele descreve os tipos de bullying, seus efeitos negativos e o que pais e escolas podem fazer para combater o bullying.
8. O que é o Bullying? Bullying é um termo inglês utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objectivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de Bullying pela turma.O Bullying pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar a mais intimidade para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de subsistência. Os actos de Bullying configuram actos ilícitos, não porque não estão autorizados pelo nosso ordenamento jurídico mas por desrespeitarem princípios constitucionais (ex: dignidade da pessoa humana) e o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indemnizar. A responsabilidade pela prática de actos de Bullying pode se enquadrar também no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por actos de Bullying que ocorram nesse contexto.
9. Características do Bullying Pesquisas indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido que um deficiente sem habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser factores de risco em particular. Estudos adicionais têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do Bullying, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies sofram de qualquer deficit de auto-estima. Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o acto de encarar as acções de outros como hostis, a preocupação com a auto-imagem e o empenho em acções obsessivas ou rígidas.
10. Tipos de Bullying Formas usadas para intimidar as vítimas que muitas vezes, se sobrepõem. Acontecem entre os muros da escola e também no exterior. Físico: Qualquer tipo de violência, (estalos, murros, empurrões, etc.) cujo o objectivo é deixar marcas na vítima. Emocional ou Psicológico: Excluir das relações sociais, ameaçar e amedrontar são três das formas que assume esta estratégia. Outro é ridicularizar, gozando com as características, particulares - « gordo! » ou « caixa de óculos! » Racista: Ofensa que tem como finalidade humilhar com base na cor da pele, e nas diferenças culturais ou religiosas. Ataques de fúria: Fazem transparecer uma irritabilidade latente, explodindo com facilidade, porque se frustram sem razão aparente.Um sintoma que por si só, atravessa toda a adolescência. Sintomas Somáticos: Como estão ansiosos, podem desenvolver algumas reacções físicas, como dores de cabeça, de estômago, insónias ou vómitos.Se essas maleitas persistirem, impõem-se redobrar a atenção.
11. Continuação.... Isolamento: A partir dos 12 anos, o grupo dos amigos ganha uma nova dimensão. Se um jovem refugiar em casa, se recusar atender telefonemas ou rejeitar as solicitações sociais naturais da sua idade, algo vai mal, com toda a certeza. Baixa do Rendimento Escolar: Pedem para não ir á escola e chegam a faltar. E como manifestam maior inquietude física e enormes dificuldades de concentração, especialmente nas aulas, as notas da escola tentem a piorar. Mais um factor de diminuição de auto-estima. Conflitos entre Irmãos: Na impossibilidade de entrarem com os seus agressores directos, os jovens descarreguem em casa. Se tiverem irmãos , as discussões com eles ganham outra dimensão. Auto-Agressão: Este sinal é de alerta vermelho e pode denunciar outros problemas típicos de adolescência, como a bulimia. Se um adolescente praticar automutilação usando um x-acto para se cortar, por exemplo, o caso é sério e obriga a uma investigação minuciosa – e apoiada por profissionais de saúde.
23. Continuação... 5. Aprofundar mais o assunto. Se não estiver satisfeito com a forma como a escola está a lidar com a situação, pode contactar a Local Education Authority (Autoridade local para a Educação) e o Conselho Superior da escola. Se este comportamento implicar actos de violência, deve contactar a polícia. Em termos jurídicos, a polícia não pode agir contra uma criança com idade inferior a 10 anos, mas pode fazer um sério aviso ao agressor em frente dos seus pais. Deve seguir os meios correctos e não deve fazer justiça pelas próprias mãos. É importante não confrontar o agressor ou os seus pais, uma vez que essa atitude pode conduzir a discussões graves e trazer mais problemas para si e para o seu filho. Não deixe que o seu filho falte às aulas Mesmo que o seu filho esteja descontente, não deixe que ele falte às aulas. Os pais podem ser acusados de estar a impedir o acesso dos filhos à escola. O melhor que pode fazer é garantir ao seu filho que a situação está a ser resolvida e que ele não tem culpa de nada. SE DESCONFIAR QUE O SEU FILHO ESTÁ A INTIMIDAR OS OUTROS Para além da necessidade de estar atento a sinais que indiquem que o seu filho está a ser vítima de intimidação, deve também estar atento a sinais que indiquem que o seu filho pode estar a intimidar os outros. O seu filho pode estar a copiar um comportamento agressivo sem se aperceber que isso está errado, ou pode ser uma forma de expressar os seus sentimentos, caso esteja a passar por um período difícil. • Fale com o seu filho sobre o porquê desse comportamento e tente explicar-lhe o efeito nefasto que esse comportamento tem nos outros. • Mostre-lhe que ninguém na sua família recorre à agressividade ou à força para obter o que quer que seja e mostre-lhe de que forma pode conviver com os outros sem necessitar de os intimidar. • Discuta a situação com o professor ou director de turma do seu filho para saber de que forma podem, em conjunto com a escola, acabar com o comportamento agressivo. • Certifique-se de que o seu filho sabe que é amado e apoiado e incentive-o bastante sempre que faz algo de bom em relação a terceiros. • Fale regularmente sobre a situação e certifique-se de que não há problemas graves subjacentes a esta fase de intimidação.
24. Conclusão Concluímos que o Bullying de facto é uma situação horrível para quem o passa. Com isto queremos informar a todas as crianças, adolescentes, adultos, etc., que ajudem as pessoas que sofrem de Bullying, e nós esperemos que levem isto muito a sério, tal como nós levaremos!